Boas Práticas para Inspeção Detalhada de Ativos em Linhas de Transmissão com Drone
- Mathaus Silva
- há 3 dias
- 3 min de leitura
A inspeção de ativos em linhas de transmissão é uma tarefa crítica para garantir a segurança e a eficiência do sistema elétrico.

Com o avanço da tecnologia, os drones se tornaram ferramentas indispensáveis nesse processo, permitindo análises precisas e reduzindo riscos para as equipes de manutenção. Neste artigo, exploramos as melhores práticas para realizar inspeções detalhadas de torres, cabos, isoladores e outros componentes, garantindo resultados confiáveis e operações seguras.
1. Planejamento Estratégico da Inspeção
Antes de iniciar a missão, é fundamental definir um plano de ação que otimize tempo e recursos:
Identificação dos Pontos Críticos: Priorize torres com histórico de falhas, isoladores danificados ou cabos com sinais de desgaste. Utilize relatórios de inspeções anteriores para direcionar o voo.
Definição do Trajeto: Planeje uma rota que cubra todos os ângulos dos ativos, garantindo imagens frontais, laterais e superiores. Evite voar diretamente sob as linhas para prevenir interferências eletromagnéticas.
Altura e Distância Segura: Mantenha o drone a uma distância de 5 a 10 metros dos ativos para capturar detalhes sem risco de colisão.
2. Configurações Técnicas para Captura de Dados
Câmeras e Sensores
Câmeras de Alta Resolução (4K+): Essenciais para identificar microfissuras, corrosão e outros defeitos em isoladores e estruturas metálicas.
Câmeras Térmicas (Opcional): Detectam pontos de aquecimento em conexões elétricas, indicando possíveis falhas.
Imagem de câmera térmica. Zoom Óptico (em Drones Industriais): Permite inspecionar detalhes à distância, reduzindo a necessidade de aproximação.
Parâmetros de Voo
Velocidade Reduzida (5-15 km/h): Garante imagens estáveis e nítidas para análise posterior.
Modo de Estabilização Ativado: Minimiza vibrações, especialmente em condições de vento.
3. Técnicas de Inspeção por Tipo de Ativo
Torres e Estruturas Metálicas
Ângulos de Captura:
Vista frontal e lateral para identificar deformações ou corrosão.
Vista superior para verificar parafusos e conexões.
Estrutura derretida.
Uso de Waypoints Circulares: Crie uma órbita ao redor da torre para inspecionar todos os lados sem reposicionamento manual.
Isoladores e Conectores
Close-ups com Zoom: Aproxime o drone (com segurança) para identificar trincas, descargas, contaminação ou falta de componentes.
Ausência de componentes. Iluminação Natural: Realize voos em horários com boa luminosidade para evitar reflexos ou sombras indesejadas.
Cabos e Condutores

Voo Paralelo à Linha: Siga o trajeto dos cabos para identificar desgastes, rompimentos ou vegetação intrusa.
Câmera Inclinada (30°-45°): Melhora a visualização de fios e acessórios suspensos.
4. Processamento e Análise dos Dados
Fotogrametria e Modelos 3D: Softwares como Pix4D ou Agisoft Metashape criam modelos tridimensionais para análise detalhada.
Relatórios Automatizados: Ferramentas de IA podem destacar automaticamente áreas com defeitos, acelerando a tomada de decisão.
5. Segurança e Conformidade
Respeite a Legislação:
Opere dentro do limite de 120 metros de altitude (VLOS – Visão Visual Direta).
Mantenha distância mínima de 30 metros de pessoas não envolvidas.
Checklist Pré-Voo:
Verifique baterias, hélices e conexões do drone.
Confirme condições climáticas (evite ventos acima de 10 m/s).
Conclusão

A inspeção de ativos detalhada em linhas de transmissão com drones oferece precisão, segurança e eficiência, transformando a manutenção de linhas de transmissão. Ao seguir essas práticas, empresas podem reduzir custos operacionais e prevenir falhas críticas.
Na Robotictech, desenvolvemos soluções personalizadas para inspeções com drones, integrando inteligência artificial e análise de dados. Quer levar sua operação para o próximo nível? Fale conosco e descubra como podemos ajudar!
Dica: Para monitoramento de vegetação, confira nosso artigo anterior: Melhores Práticas para Voo de Drone em Linhas de Transmissão.
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